Dormir bem ajuda a poupar dinheiro?
Este post nasceu numa quinta-feira à hora de almoço quando fui à pastelaria local beber um café e pedi um pastel de nata.
Lembrei-me da minha “dieta”. Comer mais vegetais, duas peças de fruta por dia, mais iogurte grego, menos açúcares.
E o pastel de nata à minha frente não cabia nesta lista. Não tem problema um pouco de açúcar, mas aquele pastel não era o primeiro da semana. Até me lembro que a semana não estava a correr como o esperado.
Tinha o meu meal prep preparado, é certo, e as refeições estavam mais ou menos programadas. Estava no bom caminho. Mas esqueci-me de cozer ovos para ter um bom snack a meio da tarde e estava a suprimir esse snack com “um docinho” naquele estabelecimento com duas palavras que começa em “padari” e acaba em “tuguesa”.
(o estabelecimento que eu já deveria ter pedido um título de membro honorária do menu pequeno-almoço).
Eu não precisava daquele doce. Mas pedi. Senti é que estava a gastar euros à toa.
Os sítios que ando a frequentar andam a pedir mais de 1,50€ por um doce de pastelaria, um escândalo!
Meio com sono e irritada com estas escolhas, pensei porque me sentia assim.
A semana tinha sido intensa: deitei-me três dias seguidos à uma da manhã, um esticão para mim. Dormia menos do que queria, levantava-me da cama a pensar “hoje deito-me mais cedo para compensar” e lá chegava a casa e ficava mais tempo acordada do que queria.
Quando acordava, sentia que já estava a correr. O dia começava com pressa e eu fazia um esforço para apanhar o comboio. Acordo cedo, com sono, fico mais um bocadinho, levanto-me mais tarde, não sei o que comer, tento minimizar os estragos e preciso de algo para manter os meus espíritos alegres.
Enquanto pensava no problema, na mesma semana, calhou ouvir o episódio sobre o sono do podcast BMS (recomendo muito este episódio!) ⬇️
A Inês Mazagão é nutricionista e fala sobre a relação que o sono tem nas escolhas alimentares. A partir do minuto 13, ela menciona que quando há privação de sono, acabamos por comer mais. E também somos pessoas mais impulsivas, ou seja, a nossa tomada de decisão fica constrangida.
Ao ouvir o episódio, lembrei-me do pastel de nata daquela hora de almoço. E pensei…será que se dormirmos mal, tomamos piores decisões…financeiras?
Dormir bem ajudar a poupar milhares de euros.
Se dormir bem ajuda-te a fazer melhores escolhas alimentares, será que dormir bem ajuda-te a tomar melhores decisões financeiras?
Segundo alguns estudos, dormir mal pode-te fazer gastar muito mais dinheiro do que julgas. Se estás com sono, não consegues reter informação ou estar concentrado, levando a distrações como entornar o café, ou a teres acidente de carro.
Dormir mal também impacta a tua saúde física e mental, pelo que para resolveres alguns problemas terás de recorrer a tratamentos médicos, que podem ser custosos.
Bom sono = boa carteira.
Testei este mantra em mim. Quando tenho uma boa noite de sono, acordo com calma, e consigo tomar boas decisões. E isto ajuda no longo prazo, porque muitas decisões financeiras têm a ver com a consistência.
Uma má decisão, todos tomamos. Uma má decisão repetida já se torna um hábito, que nos põe no caminho que claramente não queremos.
O mesmo se passa com uma boa decisão.
Uma boa decisão, todos tomamos. Uma boa decisão repetida torna-se um bom hábito e à medida que vais tendo esse reforço positivo, sentes-te melhor. Eu sinto-me “on track”, e mesmo que haja um dia que não corra tão bem, dormir melhor sem dúvida que faz a diferença.
Ou seja uma boa noite de sono, ajuda-te a estar mais focado e atento, a não seres tão impulso nas tuas decisões, o que se pode traduzir em boas decisões financeiras.
Portanto compra uma boa almofada, deita-te cedo, dorme pelo menos 7 horas por dia e talvez a tua vida financeira melhore - pelo menos, não gastas dinheiro num pastel de nata todos os dias.